1 Nostalgia: A ideia do filme surgiu a partir de conversas do diretor Ryan Coogler com o intérprete do Creed, Michael B. Jordan, que perceberam sua paixão em comum pela franquia original. Mais tarde levaram a história para o Sylvester Stalone que topou produzir o longa.
Creed é carregado de homenagens aos primeiros filmes do Rocky Balboa, me lembro de assisti-los com meu pai quando eu era criança e também de perceber pela primeira vez importância do clímax em uma história, pois o Rocky só se saia bem nos finais da luta, até vencer ele já teria apanhado bastante (literalmente e figurativamente).
2 A estrutura: O filme é cheio de planos-sequência e a segunda luta ocorre sem nenhum corte em mais de 4 minutos. Isso é incrível! É um grande trabalho tanto dos atores que não podem errar nem fala, nem coreografia da luta e como também do posicionamento da câmera que fica em movimento seguindo a dinâmica da luta.
3 Trilha sonora: A trilha é empolgante e vai dando um tom de nostalgia junto com as cenas que remetem diretamente aos filmes originais, mas sem entregar logo de cara famosa música tema do Rocky. Quando ela finalmente é tocada, o expectador é pego de surpresa dando o tom perfeito para o clímax do filme.
4 Indicações a prêmios: Sylvester Stallone recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante pelo filme, e foi indicado ao oscar na mesma categoria. Ao receber o Globo de ouro foi aplaudido de pé por todos os artistas presentes enquanto a música tema de Rocky era tocada. Um momento muito emocionante para o público, em poder homenagear um ídolo, como também para ele que foi simplesmente pego de surpresa ao ser anunciado como vencedor.
5 Motivação: Apesar de toda a nostalgia evocada pelo filme, Creed se propõe a apresentar um novo personagem que tem que lidar com o dualismo de ter seu nome reconhecido no boxe sem se aproveitar da fama de ser o filho do melhor lutador que o mundo já teve. Uma espécie de meta-linguagem com o próprio filme. Creed também é um ótimo elemento de motivação, a questão de ter que se superar e demonstrar humildade ao mesmo tempo é uma grande lição motivacional para o expectador. O filme homenageia a franquia original recriando algumas cenas famosas, porém em situações diferentes, como a famosa subida da escadaria do Museu de Arte da Filadélfia, só que agora num tom mais lento e com uma outra motivação. É um filme para se emocionar e vibrar ao mesmo tempo.
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